Dando prosseguimento ao nosso tema da semana passada, quando tratamos do espírito crítico e o espírito da crítica, vamos abordar um dos pontos medulares da demarcação entre ciência e não ciência que é o ceticismo científico cujo motor principal é o pensamento crítico.
O termo ceticismo derivado do termo grego sképtomai, que significa “olhar à distância”, “examinar”, “observar” fundamentou-se na premissa da própria impossibilidade humana de obter certeza absoluta a respeito da verdade, daí o fato de não se aceitar explicações sobre a realidade que não possam ser comprovadas experimentalmente ou persistirem incólumes quando examinadas sob a ótica de um profundo senso crítico.
Do ponto de vista científico essa postura questiona de forma constante e metódica a veracidade de qualquer alegação, buscando permanentemente os argumentos necessários que possam ou corroborá-las ou invalidá-las.
Evidentemente esse processo é realizado sempre de acordo com o método científico, tendo em maior instância a aplicação do próprio princípio da falseabilidade proposto por Karl Popper no início do século XX.
Evidentemente esse processo é realizado sempre de acordo com o método científico, tendo em maior instância a aplicação do próprio princípio da falseabilidade proposto por Karl Popper no início do século XX.
Em muitas discussões acaloradas, é comum usar-se o termo “cético” até como tentativa de depreciação denominando o alvo do ataque como sendo um sujeito de “mente fechada”. Aliás, o principal defensor do ceticismo científico, Carl Sagan (fotos) cunhou uma máxima a esse respeito:
“Você deve manter sua mente aberta, mas não tão aberta que o cérebro caia”.
Fonte : Ceticismo científico ou não?
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