Desde dezembro, Marcelo Loeb, 42, tem uma tarefa a mais em seu cotidiano: trocar, a cada oito horas, a bateria que alimenta seu novo coração. Ele foi o primeiro paciente no Brasil a receber, com sucesso, um modelo definitivo de coração artificial.
'Se tusso, sinto o aparelho dentro de mim; é estranho, mas não dói', diz primeiro a receber dispositivo
Ventrículos artificiais mantêm paciente vivo enquanto aguardava transplante
Ventrículos artificiais mantêm paciente vivo enquanto aguardava transplante
Um segundo caso bem-sucedido ocorreu em fevereiro. Os feitos representam um avanço, mas o país ainda reúne pouquíssima experiência na área em comparação com Estados Unidos e Europa.
Só os Estados Unidos registraram 7.254 implantes desse mesmo modelo até o ano passado. Levando em conta todos os tipos de coração artificial, entre temporários e definitivos, existem cerca de 20 mil casos no mundo.
Os três modelos mais avançados são o dispositivo de assistência ventricular esquerda (definitivo), o dispositivo de assistência circulatória biventricular (com validade de um mês), e o coração artificial total (definitivo, mas ainda não aprovado no Brasil).
A cirurgia pioneira ocorreu no InCor (Instituto do Coração). Nesse caso, o dispositivo não deve ficar definitivamente com o paciente. A médica Sílvia Ayub conta que, com o implante, ele se recuperou do quadro de hipertensão pulmonar, fator que o impossibilitava de receber transplante. Agora, voltou para a fila e aguarda pelo órgão.
"A experiência com o transplante é mais antiga e proporciona uma qualidade de vida melhor", diz Ayub.
Fonte : Folha de S.Paulo - Equilíbrio e Saúde - País começa a implantar corações artificiais de alta tecnologia - 09/06/2013
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