Cristina Zelante, 58, não parecia se encaixar no diagnóstico de uma pessoa com depressão. Tinha dois filhos adultos e era dona de um escritório de arquitetura, uma floricultura e uma loja de roupas, que ficavam no mesmo prédio no bairro de Pinheiros.
Em 2008, teve o que chamou de surto: estava dirigindo e, sem saber o porquê, não conseguia tirar o pé do acelerador. O carro foi batendo em outros veículos da rua. Era a doença dando indícios.
Depois desse episódio, decidiu fechar os negócios. Saía de casa poucas vezes, quase sempre a pedido dos filhos, e logo voltava para o quarto. Ficou cinco anos em depressão.
"Era uma tristeza, eu não conseguia mais fazer as coisas. Passei três anos no meu quarto. Antes eu me achava muito forte, dizia: 'Eu não vou ter depressão, criei dois filhos após uma separação!'".
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