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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Herton Escobar - Estadao.com.br - PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO

Dez anos atrás, a polêmica sobre a ética das pesquisas com células-tronco embrionárias humanas estava no auge. Até que, em 2007, um grupo de pesquisadores japoneses acalmou os ânimos – e praticamente sepultou o debate – com uma técnica revolucionária, que permitia transformar células da pele em células pluripotentes, equivalentes às embrionárias, com capacidade para se transformar em qualquer tipo de tecido do organismo, sem a necessidade de mexer com a ética de embriões humanos. Conhecida como iPS (células-tronco de pluripotência induzida), a técnica foi rapidamente adotada por laboratórios ao redor do mundo e rendeu ao seu criador, Shinya Yamanaka, o Prêmio Nobel de Medicina em 2012, em reconhecimento do seu incrível potencial para a compreensão e o tratamento de uma enorme variedade de doenças. Um sucesso estrondoso.
Agora, passado pouco mais de um ano da premiação, uma nova revolução em potencial se apresenta nas páginas da revista Nature: uma nova técnica, também desenvolvida por japoneses, que permite transformar células adultas em células equivalentes às embrionárias (indiferenciadas e pluripotentes) de maneira ainda mais simples e totalmente “não invasiva”, apenas com uma modificação do pH do líquido no qual as células são cultivadas em laboratório. As células iPS, em comparação, são produzidas por meio de uma reprogramação genética induzida pela introdução de genes indutores de pluripotência no genoma da célula adulta, o que exige o uso de vetores virais para levá-los até o núcleo celular — uma técnica já consagrada, e que funciona muito bem, mas que não deixa de ser uma barreira à eventual aplicação clínica dessas células.
As células produzidas pela nova técnica foram batizadas de STAP, sigla em inglês para “pluripotência adquirida por estímulo” (stimulus-triggered acquisition of pluripotency), e as pesquisas foram lideradas por Haruko Obokata, do centro de pesquisas RIKEN, no Japão, e da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA.

Fonte : Herton Escobar - Estadao.com.br

Um comentário:

Unknown disse...

É a coisa ta bem encaminhada, mas ainda tem muito por fazer.
As noticias são promissoras e me deixam muito contente.