Deglutição
Alterações na deglutição podem ser encontradas em até 95% das pessoas com doença de Parkinson. O problema não se limita somente à dificuldade para engolir, mas diz respeito principalmente às suas consequências, como o prejuízo na nutrição, o risco de aspiração pulmonar e pneumonia, além da perda do prazer da alimentação e comprometimento da vida social.
Os distúrbios da deglutição na doença de Parkinson são descritos em todas as suas fases: oral, faríngea e esofágica. Mais uma vez a bradicinesia e a rigidez presentes na doença são a grande vilã, provocando descoordenação entre os movimentos automáticos e voluntários da ingestão.
A fase oral é voluntária e consciente e ocorre quando mastigamos e preparamos o alimento para ser ingerido. Juntamente com a saliva formamos o bolo alimentar, que é conduzido para a parte posterior da boca pelo movimento da língua. Normalmente apenas um movimento da língua é capaz de projetar o bolo alimentar para trás. No entanto, na doença de Parkinson, são necessários vários desses movimentos, provavelmente devido à diminuição da mobilidade da língua.
A fase faríngea inicia-se assim que é disparado o reflexo de deglutição, com uma série de eventos involuntários para conduzir adequadamente o bolo alimentar até o estômago. Durante essa fase pode ocorrer atraso do reflexo de deglutição, resultando em acúmulo de alimento na entrada da faringe com risco de aspiração para a laringe e pulmão. Na fase esofágica, da mesma forma, pode haver contração esofágica reduzida. Somado a isso, os pacientes podem apresentar atraso na abertura do esfíncter que está posicionado no final do esôfago e entrada do estômago, gerando parada do alimento na faringe, necessidade de múltiplas deglutições e atraso do tempo de trânsito alimentar.
Fonte : Sintomas não-motores da Doença de Parkinson - Notícias | Viva Bem com Parkinson
Um comentário:
Fiquei sensibilizado com as dificuldades de deglutição da mãe PK da Lucimara, lembro que minha irmã teve sérios problemas e foi graças à atuação da Dra.Angélica com a ajuda de uma fonoaudióloga e nutricionista decidimos por usar a gastrostomia.
No Parkinson avançado essa deficiência fica mais latente, a falta de uma alimentação adequada pode levar o paciente a um estado de desnutrição e deflagrar outras deferências. Fui buscar essa matéria no site do Viva Bem com Parkinson para ilustrar o que é DISFAGIA e ajudar nossa amiga.
No livro “Conhecendo Melhor a Doença de Parkinson” do Dr.João Carlos Papaterra Limongi existe parágrafo para a Voz, fala e deglutição onde ele demonstra com gráficos os perigos que podem acarretar um engasgo.
Postar um comentário