Uma gota de sangue pode revelar doenças genéticas de um paciente com precisão. Para isso, é preciso fazer um sequenciamento do DNA. Cientistas da Unicamp, apoiados pela Fapesp, planejam levar esse método tão eficaz quanto caro para a saúde pública.
O exame é caro porque exige tecnologias que o Brasil ainda não fabrica. Sabendo disso, Dr. Joana Prota, médica geneticista, propôs fazer o sequenciamento do exoma. Esta parte do DNA (cerca de 2%) carrega o maior número de mutações genéticas responsáveis por doenças, como deficiência mental, epilepsia e Parkinson.
Por uma coleta de sangue simples é possível fazer o sequenciamento do exoma. Depois, a informação extraída dessa técnica pode ser armazenada. Isso significa que é possível analisar essa informação novamente quantas vezes for preciso. “Se hoje eu não tenho dados suficientes para fazer o diagnóstico, posso daqui um ano reanalisar o exame sem precisar refazer o teste”, afirma a INFO Dr. Iscia Lopes-Cendes, chefe do Departamento de Genética Médica da Unicamp.
Existe o risco de perder alguns dados ao sequenciar apenas essa parte do DNA, mas a relação custo-benefício é vantajosa. “Na Unicamp, o exame custa cerca de R$ 1.800, sem incluir mão-de-obra, água, luz e outros custos inclusos nos hospitais e centros de diagnóstico.
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