No ar como o Benjamin de Em Família, o ator, que há 20 anos lida com o mal de Parkinson, recebeu QUEM em sua casa, no Rio. Em uma conversa franca, ele falou sobre as limitações da doença, as superações do dia a dia e fez um balanço de sua vida.
Com passos ágeis, Paulo José desce as escadas de sua casa na Gávea, Zona Sul do Rio. Sua bengala não chega a tocar o chão, tamanha a rapidez. O ator de 77 anos, à primeira vista, não demonstra os sintomas do mal de Parkinson, que o acompanha há mais de 20 anos. Suas mãos não tremem, mas a voz entrega a luta contra a doença. Logo que começa a falar, as palavras são frágeis e a ansiedade é aparente. “Minha rotina é trabalhar comigo mesmo, com meu corpo”, diz.
Sentado à mesa de sua biblioteca, com um maço de cigarros ao lado, Paulo fala sobre o trabalho como o Benjamin de Em Família, explica o dia a dia de tratamentos médicos e faz um mea-culpa sobre como lidou com a morte de sua primeira mulher, Dina Sfat, em 1989. “Quando a Dina morreu, minhas filhas ficaram desamparadas, sem mãe nem pai. Fui para Cuba, numa espécie de fuga”, diz Paulo, sobre as atrizes Bel, Ana e Clara Kutner. Ele também tem um filho, o ator Paulo Henrique Caruso, do casamento com a atriz Beth Caruso, e dois netos. Foi casado ainda com Carla Camurati e Zezé Polessa. Sua atual mulher é a figurinista Kika Lopes. Ao refletir sobre sua trajetória, o ator não tem queixas. “A vida me deu mais do que eu esperava.”
Um comentário:
Sem querer querendo, lembrei hoje pela manhã da matéria da revista Beija-flor com o Paulo José em 2005, coincidentemente a matéria da "Revista Quem Acontece" nos mostra os esclarecimentos que ele nos passa nessa entrevista.
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