Uma pesquisa divulgada no fim do ano passado causou polêmica ao afirmar que a "má sorte" é um dos fatores que mais causam câncer, mais até do que riscos conhecidos, como o hábito de fumar.
Desde então, houve uma onda de críticas ao estudo americano, conduzido por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins e da Escola de Saúde Pública Bloomberg. Algumas das críticas eram direcionadas aos pesquisadores. Outras, aos jornalistas. Então as matérias sobre o estudo exageraram? O que deveriam ter dito?
A maioria das manchetes na época giravam em torno de algo como "Maior parte dos casos de câncer é causada por simples azar", inclusive a da BBC Brasil.
Inicialmente, para entender o estudo, publicado na revista científica Science, ajuda muito entender a ciência básica por trás do câncer.
A doença ocorre quando células em uma parte específica do corpo começam a sofrer mutações e se reproduzirem incontrolavelmente. As células cancerígenas podem invadir e destruir tecidos.
Fatores ambientais
Os pesquisadores da Johns Hopkins afirmaram ter encontrado uma correlação entre o número de divisão celular que ocorre em um determinado tecido e a probabilidade dele se tornar cancerígeno.
Eles analisaram 31 tipos de tecido. Para P Z Meyers, biólogo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, "alguns eram bastante estáveis, como o muscular e o cerebral, que não se dividem quando param de se desenvolver".
— Então, eles têm uma baixa probabilidade de desenvolverem um câncer, enquanto o revestimento epitelial do intestino está constantemente se regenerando. E essas células têm uma maior probabilidade de se tornarem cancerígenas.
Se você fuma, você aumenta em muito a chance de ter câncer de pulmão. Outros fatores comportamentais e ambientais são conhecidos por causar esse e outros tipos de câncer.
Mas algumas pessoas que não fumam também desenvolvem câncer. Além disso, outros fatores ambientais e genéticos não t
Fonte : Afinal, o câncer é mesmo uma questão de azar? - Notícias - R7 Saúde
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