Pescaria
Era o terceiro ano consecutivo em que eu tentava criar o gramado perfeito. Eu estava indo muito bem neste verão. Eu semeei os pontos destruídos pelo rigor do inverno. Eu encontrei a semente perfeita para nossas condições de solo. Eu criei um bom sistema de irrigação que funcionava bem para o gramado e para entreter minhas quatro crianças.
Tudo ia bem, até que um dia eu descobri diversos dentes-de-leão brotando. Sem problema, eu pensei. Corri até a loja e comprei um herbicida. Eu estava certo que no fim de semana seguinte eu teria me livrado daquelas ervas.
Chegando em casa, resolvi ler bem atentamente todas as instruções. Não queria correr riscos com produtos tóxicos tendo minhas crianças por perto. Então, eu fiz a mistura bem mais fraca do que o indicado pelo fabricante, Fraco... e ineficaz.: no fim de semana seguinte, aqueles dentes-de-leão resistiam bravamente.
Eu tinha prometido à minha filha, Kayla, que iríamos pescar no sábado. Kayla adora pescar e é muito boa nisso. Mas quando sábado chegou, eu notei que as pequenas fores amarelas em meu gramado tinham se multiplicado.
- Tenho que tratar destes dentes-de-leão antes de ir pescar, eu disse para mim mesmo - O gramado é pequeno não vai levar tanto tempo assim!
Com uma chave de fenda e um saco de lixo à disposição, eu ataquei as ervas daninhas.
- Colhendo flores, papai? Kayla perguntou.
- Sim, querida. Respondi enquanto escava furiosamente em uma resistente raiz.
- Vou lhe ajudar - Ela ofereceu - Darei algumas para mamãe.
- Vá em frente, meu doce - lhe respondi - tem muitas por aí!
Uma hora se passou, e as manchinhas amarelas ainda resistiam.
- Você disse que iríamos pescar hoje. Kayla reclamou.
- Sim eu sei. - Eu respondi - Vou só colher um pouquinho mais de flores, combinado?
Eu continuei trabalhando, puxando uma raiz após outra.
- Você já colheu muitas flores, papai. Chega. Kayla insistia impaciente.
- Está certo, querida. Só mais algumas. Eu prometi. Mas eu não podia parar tal a ansiedade em terminar o trabalho.
Alguns minutos depois, um tapinha em meu ombro.
- Papai, faça um desejo! Kayla falou.
Quando me virei, Kayla encheu os pulmões e deu uma grande soprada, e milhares de sementinhas de dentes-de-leão se espalharam pelo ar.
Percebi que estava tanto mais importância às ervas daninhas do que a minha pequena filha. Eu a joguei para cima e dei-lhe um beijo, e fomos para a lagoa dos peixes.
(Tradução de Sergio Barros do texto de David Clinton Matz)
Tudo ia bem, até que um dia eu descobri diversos dentes-de-leão brotando. Sem problema, eu pensei. Corri até a loja e comprei um herbicida. Eu estava certo que no fim de semana seguinte eu teria me livrado daquelas ervas.
Chegando em casa, resolvi ler bem atentamente todas as instruções. Não queria correr riscos com produtos tóxicos tendo minhas crianças por perto. Então, eu fiz a mistura bem mais fraca do que o indicado pelo fabricante, Fraco... e ineficaz.: no fim de semana seguinte, aqueles dentes-de-leão resistiam bravamente.
Eu tinha prometido à minha filha, Kayla, que iríamos pescar no sábado. Kayla adora pescar e é muito boa nisso. Mas quando sábado chegou, eu notei que as pequenas fores amarelas em meu gramado tinham se multiplicado.
- Tenho que tratar destes dentes-de-leão antes de ir pescar, eu disse para mim mesmo - O gramado é pequeno não vai levar tanto tempo assim!
Com uma chave de fenda e um saco de lixo à disposição, eu ataquei as ervas daninhas.
- Colhendo flores, papai? Kayla perguntou.
- Sim, querida. Respondi enquanto escava furiosamente em uma resistente raiz.
- Vou lhe ajudar - Ela ofereceu - Darei algumas para mamãe.
- Vá em frente, meu doce - lhe respondi - tem muitas por aí!
Uma hora se passou, e as manchinhas amarelas ainda resistiam.
- Você disse que iríamos pescar hoje. Kayla reclamou.
- Sim eu sei. - Eu respondi - Vou só colher um pouquinho mais de flores, combinado?
Eu continuei trabalhando, puxando uma raiz após outra.
- Você já colheu muitas flores, papai. Chega. Kayla insistia impaciente.
- Está certo, querida. Só mais algumas. Eu prometi. Mas eu não podia parar tal a ansiedade em terminar o trabalho.
Alguns minutos depois, um tapinha em meu ombro.
- Papai, faça um desejo! Kayla falou.
Quando me virei, Kayla encheu os pulmões e deu uma grande soprada, e milhares de sementinhas de dentes-de-leão se espalharam pelo ar.
Percebi que estava tanto mais importância às ervas daninhas do que a minha pequena filha. Eu a joguei para cima e dei-lhe um beijo, e fomos para a lagoa dos peixes.
(Tradução de Sergio Barros do texto de David Clinton Matz)
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