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terça-feira, 16 de junho de 2009

MÃES DE SUCESSO

Os atores Mario Frias e Guilherme Berenguer e a judoca Ketleyn Quadros contam como o amor de suas mães os ajudaram a vencer na vida
Por Josiane Nogueira e Cláudia Soares

Mário Frias, ator


Minha mãe tem duas qualidades principais, que influenciaram minha vi­da inteira: ser uma trabalhadora incorrigível e uma solidária incansável.

Quando eu e minhas irmãs, Mônica e Patrícia (falecida ano passado), éramos pequenos, minha mãe era gerente de uma butique e fazia faculdade de Direito, à noite. A vida dela era uma loucura. Mesmo assim, sempre corria em casa nas horas em que não estávamos no colégio e sempre conseguiu estar muito presente. Lembro bem da minha mãe chegando da faculdade às 10 da noite, supercansada, e se sentar comigo para corrigir meus deveres de escola.

Em 1975, meu pai, que tinha uma fábrica de barcos, decidiu realizar seu sonho: ser piloto de aviões. Minha mãe deu a ele todo o apoio. Como nessa época a nossa vida financeira não era tão folgada, não costumávamos festejar datas como o Dia das Crianças. Mas sempre que um de nós fazia aniversário, ela comprava uma lembrancinha também para os outros filhos. Era a sua maneira de dizer que nós três tínhamos o mesmo espaço no seu coração.

Mães que são pais

Quando eu tinha 14 anos, meu pai morreu num acidente de helicóptero. Minha mãe segurou a barra sozinha. Na época, toda a família aconselhou-a a parar de trabalhar um pouco. Mas minha mãe se recusou: disse que precisava seguir em frente e criar os filhos. Ela sempre dizia que nós éramos a sua razão de viver. Naquele período, em que eu estava na adolescência, ela foi pai e mãe para mim. E me ensinou que ser homem não é ser machão, falar grosso. Mas é ter palavra, caráter e assumir o que faz. Com meu pai, eu aprendi a ser um sonhador. Com minha mãe, Maria Lúcia de Freitas Frias, de 68 anos, aprendi a ser homem.

E com ela aprendi também muitas lições de solidariedade. Minha mãe sempre ajudoua família: faz o imposto de renda dos irmãos, o meu e o da minha irmã. Vive separando roupas para doar aos empregados e fica no pé deles para não deixarem de pagar o INSS a fim de poderem se aposentar.

Fonte : Revista Seleções.com.br

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