POR CRISTINA ALMEIDA
Durante muito tempo, na noite de 12 de junho, jovens adormeciam com a chave de casa debaixo do travesseiro. A esperança era de que sonhassem com o pretendente. Os anos passaram, os caminhos para encontrar o amor se modificaram, mas alcançar esse objetivo ainda é o desejo de muitas pessoas. Embora a busca seja árdua, a ciência descobriu que os genes podem ajudar na procura pela alma gêmea. O termo, aliás, remonta à mitologia grega. O fundamento para a atração entre os casais seria o fato de que, no princípio, havia três sexos: o masculino, o feminino e o andrógino,representado por seres duplos, cuja força e inteligência eram notáveis. Julgando-se perfeitos, ameaçavam os deuses. Para ensinar-lhes a humildade, Zeus decidiu dividi-los. Daí em diante, as metades separadas foram condenadas a vagar em busca da outra parte.
MANUTENÇÃO DA ESPÉCIE
Mesmo que a história nos remeta à procura da parte que nos completa, Claus Wedekind, professor de Biologia da Universidade de Lausanne, na Suíça, explica que os critérios para a determinação do parceiro ideal estão no âmbito da Psicologia da Evolução Humana. No passado, acreditava-se que a escolha refletia apenas a necessidade da manutenção da espécie, mas, com o passar do tempo, "a questão se revelou mais complexa, pois o encontro de um homem e uma mulher foi interpretado como consequência da agressividade masculina, comportamento também ligado à garantia da reprodução", diz Wedekind.
Segundo o biólogo, uma outra teoria evidencia os cuidados com o bebê. Os seres humanos precisam de mais tempo para zelar pela prole: "Promover a sobrevivência da linha descendente, a longo prazo, parece não corresponder à ideia de que o homem tivesse que se concentrar na alta reprodução, num curto período de tempo". (...)
Fonte Revista Viva Saúde
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