"O número de pessoas afectadas pela doença de Parkinson deverá duplicar nos próximos 25 anos, revelou um estudo publicado esta semana na revista americana “Neurology”. A tendência será sentida mais fortemente nos países em desenvolvimento, sobretudo da Ásia, que terão dificuldades em afrontar uma nova realidade associada com o crescimento populacional e o aumento da esperança de vida.
A equipa de investigadores, liderada por Ray Dorsey, da Universidade de Rochester, estudou a evolução demográfica dos cinco maiores países da Europa Ocidental (Espanha, França, Itália, Reino Unido e Alemanha) e das restantes 10 nações mais populosas do planeta (Bangladesh, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Nigéria, Paquistão e Rússia). Depois, fez projecções da prevalência da doença por grupo etário em cada um dos 15 países e chegou a conclusões alarmantes:
Se em 2005 o número de indivíduos com Parkinson nestes países se situava entre os 4,1 e os 4,6 milhões, em 2030 poderão ser entre 8,7 e 9,3 milhões. Aplicando a tendência a toda a população mundial, o número de pessoas afectadas pela doença neurodegenerativa deverá duplicar dos seis para os 12 milhões no espaço de um quarto de século.
A evolução da doença não se fará, contudo, sentir de forma igual em todos os países. Enquanto nos Estados Unidos, a progressão poderá ser de apenas 80 por cento, atingindo os cerca de 600 mil pacientes, irão registar-se aumentos mais significativos nos países asiáticos em desenvolvimento. Quase metade da população afectada (cinco milhões de pacientes) estará na China.
“O aumento será maior nos países orientais em desenvolvimento do que na Europa Ocidental e Estados Unidos devido às diferenças nas estruturas populacionais”, explicou Dorsey ao Expresso. “A estrutura da população nestas nações orientais, em especial a China e a Índia, é tal que o número de indivíduos idosos irá aumentar dramaticamente nos próximos 25 anos. Nesse sentido, o número de pessoas que poderão sofrer de Parkinson também crescerá significativamente, porque a prevalência da doença aumenta com a idade”.
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Fonte : www.areadegenerativa,projeto.blogspot.com
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