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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

NEGATIVISMO

Nossos pensamentos, sentimentos , crenças e fantasias determinam nossa vida, direcionam objetivos e metas pessoais


Presentes como pano de fundo e cenário das nossas vidas. Mas há pessoas que vivem constantemente sob uma auto avaliação persistentemente negativa de si mesma ou do mundo.


Pessoas para as quais tudo parece sempre ruim, hostil ou falso. Vivem criticando o mundo e as pessoas ao redor. Isso pode se tornar compulsivo , e muito difícil também para quem convive com ela. Já não se trata de uma boa auto reflexão, ou auto crítica ponderada sobre nós mesmos e o mundo, coisa necessária a meu ver, mas de viver num cenário sempre amargo e não amoroso. Mas porque acontece essa fixação no negativo ? Quais poderiam ser suas raízes? A primeira delas talvez encontremos na Psicologia Infantil, no famoso Mecanismo de Negação da criança que tenta construir uma personalidade própria.


Esses “ nãos”, se permitidos, vão delineando sua individualidade, naturalmente. Também , quando um adulto se torna exageradamente negativo, percebemos nele essa infantilidade, essa ingenuidade de sentir-se válido dizendo “nãos” ou , criticando os outros.


Quando alguém diz : “olha como fulana está gorda!”, está indiretamente se sentindo mais magra, o que deflagra como ela percebe a si mesma. Quando a pessoa é exageradamente crítica com relação ao modo como outras pessoas conduzem as coisas, como a política, ou o trabalho de alguém, ou mesmo uma situação malfadada, e o fazem de forma passiva, é como se a própria crítica bastasse para tornar a coisa criticada melhor.


Não parece brincadeira de criança, de se fingir de morto? Mas isso são as coisas mais corriqueiras desse mundo e não costumamos dar importância à elas , a não ser que cheguem num grau alto o suficiente para incomodar de verdade. Mas para muita gente essa hora já chegou, e para elas eu gostaria de dar algumas dicas: Primeiro, comparação pode ser um veneno, e a pessoa não percebe que fica se comparando o tempo todo.

Ser mais ou menos que alguém de fato não interessa quando o importante é sentir-se realmente de posse da própria vida. E, auto estima como o próprio nome já diz, não pode ser comparativa.


Jung dizia que criticar é uma auto confissão, pense nisso. Segundo, medo e insegurança costumam ser bem menores quando vistos de frente. E terceiro, cuidado com o vitimismo. Ele costuma encobrir uma negatividade persistente e não percebida.

(fonte:Regina Helena Horta Sampaio-psicologa clinica especializada em Psicologia Analitica- reginahhsampaio@terra.com.br)

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