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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Quando a esperança pode virar armadilha

As pesquisas experimentais são importantes para os avanços na medicina. Mas muitos estudos não são aprovados e colocam a saúde em risco

Maíra Magro

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Na busca da cura, os doentes podem optar por experimentos sem

fundamento científico

Diagnosticada com um câncer de colo uterino grave, a carioca Sandra Helena Brandão, 51 anos, viu sua esperança definhar na mesma proporção em que piorava fisicamente. Ela só começou a voltar quando Sandra recebeu a proposta de participar de uma pesquisa clínica no Instituto Nacional de Câncer para avaliar os efeitos de uma droga experimental. Durante um mês e meio, em 2008, ela tomou um comprimido diário de uma substância que impede a multiplicação das células doentes – mas não deixou de lado a quimioterapia e radio- terapia. “No começo, me senti uma cobaia”, lembra. A experiência valeu a pena: o câncer sumiu em seis meses. “Foi o que salvou a minha vida.” Assim como ela, milhares de brasileiros se submetem a tratamentos experimentais – terapias médicas, como remédios ou cirurgias, ainda em fase de comprovação científica. Portanto, sem terem definidas sua segurança e eficácia para o uso em humanos. Como os efeitos são desconhecidos – e os riscos, dessa forma, aumentados –, estão cercados de cuidados para garantir a proteção e os direitos dos pacientes. E uma dúvida adicional assusta os voluntários: como separar a pesquisa séria da aventureira? Esse questionamento ganhou destaque recentemente, quando a Justiça de Goiás proibiu a cirurgia para redução de estômago usada para o controle da diabetes. Aplicado pelo cirurgião Áureo Ludovico de Paula em mais de 700 pessoas, o procedimento não foi regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Por isso, poderia ser considerado experimental. (...) segue

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Sandra fez terapia bem-sucedida contra o câncer,


Fonte : IstoÉ independente

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