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segunda-feira, 5 de julho de 2010

O poeta que mais sabia viver à margem


Piva, contra a cultura oficial. "A maioria dos mandarins bem-pensantes não passa de um bando de galinhas assustadas"

"E para que ser poeta em tempos de penúria?", perguntava Roberto Piva em um de seus mais recentes poemas. Mais do que seus contemporâneos, o poeta sabia o que era viver à margem: de opiniões firmes, visionário, feroz contra as unanimidades de laboratório, Piva também bradou orgulhosamente seu homossexualismo por becos e praças de São Paulo. Diagnosticado com o mal de Parkinson há cerca de uma década, viveu modestamente nos últimos anos, sendo evitado por quem o bajulava e pelos círculos literários bem postos do País.

Internado desde maio no Hospital das Clínicas, Piva morreu anteontem, aos 72 anos, em São Paulo, com falência múltipla dos órgãos decorrente de uma insuficiência renal. Ele chegara ao hospital com uma infecção na próstata, logo diagnosticada como um câncer - que posteriormente se espalhou pelos ossos, agravando seu estado. Não era a primeira internação neste ano. Em janeiro, havia sido hospitalizado com infecções urinária e cardíaca; dois meses depois, voltou ao hospital para uma cirurgia no coração. O corpo foi velado no sábado, no Cemitério do Araçá, e cremado na manhã de ontem na Vila Alpina.(...) segue

Fonte : Estadão com.br

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