Estudo diz que áreas diferentes do cérebro são usadas em cada tipo de riso
O ditado popular, já um tanto clichê, diz que “rir é o melhor remédio”. Para pessoas com doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, esse pode ser de fato um caminho. Pesquisadores das universidades de Newcastle (Inglaterra) e Tuebingen (Alemanha) estão mapeando o modo como o riso se reflete no cérebro, com o objetivo de analisar como as emoções são expressas e percebidas na comunicação não verbal, como o riso.
No projeto, realizado desde 2003, os pesquisadores mostraram que as pessoas conseguem diferenciar três formas diferentes de riso: por alegria, causado por cócegas ou por zombar de alguém. Kai Alter, da Universidade de Newcastle, diz que se trata do “primeiro grupo a analisar diferentes tipos de riso e identificar os mecanismos cerebrais envolvidos no processo de forma clara”.
– Nós gravamos atores rindo de formas diferentes, de acordo com a situação, e então colocamos os voluntários para ouvir a fita. As pessoas conseguiram identificar que tipo de riso era aquele apenas ao ouvir o som, o que mostra que as emoções humanas são expressas de forma clara por meio desse gesto.
No experimento, enquanto ouviam a fita, os voluntários também tiveram o cérebro inspecionado por exames de ressonância magnética. As pessoas usavam diferentes regiões do cérebro para processar a informação vinda de cada tipo de risada.
De acordo com os pesquisadores, isso pode ajudar pessoas com essas doenças e que tenham dificuldades em expressar seus sentimentos e emoções. A ideia é analisar as regiões e conexões do cérebro que são danificadas por esses problemas, dizem os pesquisadores.
– Médicos e parentes dos pacientes poderiam ser treinados para descobrir o que as pessoas querem comunicar. Isso pode gerar novos métodos de interação com esses pacientes.
Fonte: R7 NOTÍCIAS/Saúde
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