Não estranhe se um dia um médico disser que as recaídas depressivas estão associadas ao pó de casa ou ao pelo do cachorro. As alergias podem desgovernar as emoções e desatar problemas que vão além do nariz entupido.
Os lenços que enxugam o pranto em um momento de desânimo e secam o nariz na crise de coriza podem não ser o único elo entre a depressão e as alergias respiratórias, doenças tão frequentes quanto nocivas ao bemestar.
Um trabalho recém-apresentado no encontro anual da Associação Americana de Psiquiatria sugere, pela primeira vez, que existem correlações entre os espirros crônicos e os descompassos de humor. No levantamento, as crises alérgicas se mostraram importantes gatilhos para os transtornos emocionais em pessoas que já estão com os nervos em apuros.
É como se os mecanismos que levam à obstrução nasal diante de um alérgeno — o pó doméstico, por exemplo — também despertassem as preocupações, a melancolia e o desânimo.
Assinado por um grupo da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, o estudo reuniu 100 voluntários com depressão ou transtorno bipolar. Quase metade deles apresentava também sintomas alérgicos desencadeados pelo contato com o pólen produzido por um tipo de árvore comum nas cidades americanas.
Os cientistas avaliaram os participantes durante a chamada estação polínica das plantas, que, naquele país, acontece entre o final do inverno e o início da primavera, nos últimos dias do mês de março. E também coletaram sangue desses voluntários para analisar os níveis de anticorpos específicos produzidos na presença do pólen. (...)segue
Fonte : SAÚDEévital
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