Nesta quinta-feira tivemos a quinta festa de premiação L’Oreál/ABC/Unesco para jovens mulheres cientistas. Lembro-me que quando ganhei o Prêmio L’Oréal/Unesco para mulheres na ciência em 2001 – esse outorgado a cinco mulheres por ano, uma cientista por continente – a primeira pergunta que me fizeram foi: como é ser uma mulher cientista no Brasil? Há muita discriminação? Para surpresa dos jornalistas respondi que eu nunca me senti discriminada no Brasil por ser mulher. O que não acontece em muitos países, inclusive nos Estados Unidos, onde os salários para as mulheres cientistas são muito menores do que os dos homens. Pasmem.
A prova está aí
O prêmio para jovens cientistas comprova isto. Desde 2006 a L’Oréal, juntamente com a Academia Brasileira de Ciências e a Unesco, instituiu um prêmio para jovens cientistas brasileiras. As mulheres selecionadas ganham 20.000 dólares para serem utilizados nas suas pesquisas. As candidatas precisam ser doutoras, com tese defendida no máximo há cinco anos, terem publicações em revistas científicas internacionais e um bom projeto de pesquisas. Parece difícil, não? Pois bem, esse ano foram 438 inscritas que preenchiam esses pré-requisitos. Um número impressionante.
São várias áreas
O prêmio é dividido em quatro áreas: biológicas, física, química e ciências exatas.
Mas o interessante é que a distribuição não é proporcional. O número de candidatas para as ciências biológicas é sempre significativamente maior. Esse ano foram 20 para a física, 32 para a química , 18 para ciências matemática e 368 para as biológicas (biológicas, biomédicas e saúde). Se fosse uma eleição, a biologia ganharia de longe no primeiro turno.
Um super parabéns as vencedoras desse ano. Quem são elas e quais são seus projetos?(...) segue
Fonte : Revista Veja - Mayana Zatz
Um comentário:
As mulheres estão cada vez mais tomando conta do seu verdadeiro valor.
Uma nova fase se inicia no Brasil se uma mulher for eleita presidenta.
Eu tiro meu chapéu e bato palmas para todas.
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