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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Saiba como combater os radicais livres e os efeitos deles na sua saúde

Eles estão ligados a fatores que levam ao estresse

O organismo humano possui uma habilidade incrível de adaptação. Quando submetido rotineiramente a um processo de estresse, o corpo sofre adaptações para atingir o equilíbrio. Um bom exemplo é a respiração. Durante o metabolismo do oxigênio para a produção de energia, uma pequena parte dele (aproximadamente 5%) não se converte em energia, dando origem aos radicais livres.

Os radicais livres são átomos com um elétron de carga negativa que reagem com outros átomos de carga positiva, causando danos às células do corpo — é o que os especialistas chamam de estresse oxidativo.

A produção de radicais livres é constante e faz parte do metabolismo, que utiliza o sistema de defesa do organismo para neutralizar a ação deletéria dos elétrons. O problema está no excesso de radicais livres no organismo, que pode levar a um colapso do funcionamento celular que resulta em baixa resistência imunológica e no processo degenerativo do corpo, promovendo o envelhecimento precoce das células.

Esse excesso pode ser causado por situações que levam ao desgaste físico como o uso de cigarro, a poluição, ingestão de álcool, altas temperaturas, umidade, atividade física intensa, além de estado emocional que provoca estresse.

Estratégias de defesa antioxidante foram desenvolvidas para as células lidarem com a toxicidade do oxigênio. Entretanto, quando a formação de radicais livres excede a capacidade antioxidante celular, ocorre uma condição denominada estresse oxidativo, ou seja, um desequilíbrio entre agentes oxidantes e antioxidantes, que pode ser bastante danoso às células — explica a nutricionista Emília Ishimoto, mestre e doutora em Saúde Pública, pela USP.

O estresse oxidativo tem sido associado com o desenvolvimento de diversos distúrbios e doenças degenerativas, como câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças neurodegenerativas (Parkinson e Alzheimer), catarata, artrite e disfunções cognitivas.

O LDL-colesterol, por exemplo, pode ser 'atacado' por um radical livre, gerando óxidos de colesterol — este fenômeno contribui para o desenvolvimento de placas de ateroma, que evolui para a aterosclerose, uma das principais causas da doença isquêmica do coração — comenta Emília.

A especialista ressalta ainda que este efeito varia de pessoa para pessoa, dependendo da idade, da saúde do organismo, da qualidade de vida e dieta, ressalta a especialista.

A idade, inclusive é um fator agravante para a geração do estresse oxidativo já que o consumo de antioxidantes acima dos 60 anos, tende a diminuir devido a uma série de fatores inerentes ao envelhecimento, como redução da ingestão de alimentos e da capacidade de absorção pelo trato digestivo. Além disso, nesta fase, o organismo tende a reduzir a capacidade de prevenir e remover os produtos de oxidação e há maior possibilidade de geração de radicais livres.

Como minimizar esses estragos? Suprindo o organismo com vitaminas e minerais adequados para combatê-los, como as vitaminas A, C e E, que são antioxidantes. Atreladas ao zinco, as vitaminas fortalecem o sistema imunológico, auxiliando no combate a gripes, resfriados e outras infecções. Aliada à alimentação equilibrada, deve-se evitar radiação solar inadequada, não fumar, não beber em excesso e realizar exercícios físicos regularmente.

A suplementação de vitaminas e minerais pode ser uma estratégia a ser utilizada para complementar os nutrientes que a alimentação não conseguir suprir.


Frutas, verduras e legumes são as principais fontes destes nutrientes:

Beta caroteno (precursor da vitamina A): presente em alguns alimento como cenoura, abóbora, espinafre, melão, batata doce.

Vitamina A: encontrada no fígado, no leite, no queijo, no bacalhau.

Vitamina E: presente em óleos vegetais , nozes, castanhas e sementes.

Vitamina C: encontrada na acerola, kiwi, couve-manteiga, pimentão amarelo, limão, suco de laranja, brócolis e laranja.

Zinco: presente nas ostras, caranguejos, carne vermelha, aves (parte escura), leite e derivados, castanha de caju, amêndoas, amendoim, feijão.

Fonte: CLIC RBS

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