Na mesma semana em que o Conselho Federal de Medicina (CFM) publica no Brasil novas resoluções sobre fertilização assistida, dois pesquisadores americanos (John Gearhat e Christos Coutifaris) escreveram um artigo denominado Fertilização in vitro, premio Nobel e células-tronco embrionárias na revista Cell Stem cell (7 de janeiro de 2011).
Vocês devem se lembrar que o ganhador do premio Nobel de medicina em 2010 foi o Professor G. Edwards, pioneiro nas técnicas de fertilização “in vitro” (FIV). Inúmeras crianças foram geradas a partir dessa técnica depois de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta, nascida em 1977.
Hoje, estima-se que 2% a 3% dos nascimentos nos países desenvolvidos são resultantes de fertilização assistida, um número não desprezível. Mas o que o Prof. Edwards não poderia imaginar é que a técnica de FIV abriria as portas para pesquisas importantíssimas: as das células-tronco embrionárias.
A técnica vinha sendo tentada há muito tempo
A primeira manipulação “in vitro” de óvulos/embriões foi feita por Walter Heape (1890). Esse pesquisador transferiu óvulos fertilizados “in vivo” de uma coelha grávida para outra que engravidou e deu a luz coelhos semelhantes aos pais biológicos. É curioso que a transferência bem sucedida de embriões em outras espécies só ocorreria décadas depois – com ratos, carneiros, cabras e camundongos em 1930, e vacas e porcas somente em 1950. Mas todas essas experiências eram com embriões fertilizados “in vivo”. Foi somente em 1959 que MC Chang conseguiu realizar uma fertilização bem sucedida “in vitro” com coelhas. (...) segue
Fonte : Veja.com - Mayana Zatz Genética
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