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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sonhos lúcidos explicam experiência de quase morte

GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO

Túneis iluminados, espíritos e a sensação de que o corpo está levitando. As experiências de quem ficou entre a vida e a morte são o material de trabalho do neurologista Kevin Nelson. Para entender melhor o fenômeno, Nelson fez um estudo com 55 pessoas que relataram essas experiências e descobriu que, nelas, os limites entre os estágios da consciência são mais tênues. É o que ele relata em "The Spiritual Doorway in the Brain", livro lançado em dezembro nos EUA. O médico concedeu entrevista à Folha, por telefone.


Kevin Nelson, professor de neurologia na Universidade de Kentucky e autor da obra "The Spiritual Doorway in the Brain"
Kevin Nelson, professor de neurologia
na Universidade de Kentucky e autor da obra
"The Spiritual Doorway in the Brain"

Folha - Qual a explicação para o fenômeno da quase morte?

Kevin Nelson - Há no cérebro uma espécie de "interruptor" que alterna entre os estágios da consciência. Ao dormir, passamos pelos estágios de vigília, sono não REM e sono REM. Em algumas pessoas, a fronteira entre esses estágios não é tão marcada e, em momentos de crise, o estágio REM invade a vigília e causa os efeitos descritos nas experiências de quase morte.

Quais são esses momentos de crise?

Uma parada cardíaca, por exemplo. O "interruptor" que modula entre a vigília e o REM é uma parte essencial do sistema de reflexos do sistema nervoso. Quando o fluxo sanguíneo diminui no cérebro, acionamos esses reflexos, localizados numa área bastante primitiva do cérebro. É quando ocorrem as experiências de quase morte e nos movemos em direção às fronteiras entre a vigília e o REM. Em algumas pessoas, isso pode ficar misturado.(...) segue

Fonte : Folha.com - Equlíbrio e Saúde

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