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sexta-feira, 22 de abril de 2011

MEDICAMENTO CONTRA PARKINSON PODE CAUSAR PROBLEMAS PARA CONTROLAR IMPULSIVIDADE

Drogas se associam a condições como: jogo patológico, hipersexualidade, além de compulsão por alimentos, compras e internet

Pesquisadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, descobriram que uma classe de droga usada no tratamento da doença de Parkinson aumenta os riscos de desenvolvimento de transtornos do impulso em até 22 % dos pacientes.

Os agonistas da dopamina, que incluem o pramipexol (Mirapex) e ropinirole (Requip), são comumente utilizados para tratar a doença de Parkinson. As drogas estimulam o circuito límbico do cérebro que os pesquisadores acreditam ser o caminho para os comportamentos hedonistas e de recompensa. Os medicamentos têm sido associados a transtornos de impulsos, tais como controle de jogo patológico, hipersexualidade e comportamentos compulsivos, como compulsão alimentar, os gastos ou o uso do computador.

Os pesquisadores, liderados por Anhar Hassan, revisaram registros de pacientes com doença de Parkinson por um período de dois anos.

"Durante esse tempo, estávamos sutilmente cientes de que transtornos do impulso podiam ocorrer com estes fármacos agonista da dopamina. Se encontrassem um paciente que estava a tomar este medicamento, perguntávamos a ele ou um membro da família se tinham notado qualquer novo tipo de comportamento. O que descobrimos foi que, em 22 % dos pacientes durante esse período apresentaram um novo transtorno do controle dos impulsos", disse ela.

O estudo descobriu que quanto maior a dose, maior a probabilidade de um comportamento de controle dos impulsos.

"Um em cada quatro pacientes que estavam recebendo uma dose média terapêutica do medicamento teve uma desordem do controle dos impulsos", disse Hassan. "Para os pacientes que estavam tomando uma maior dose dos medicamentos, cerca de um em três desenvolveu uma desordem do controle dos impulsos."

"Os doentes tomando agonistas dopaminérgicos devem estar ciente do potencial de mudanças comportamentais para que elas possam ser detectadas precocemente, antes que eles ou suas famílias sejam prejudicados", acrescentou ela.

Os pesquisadores relataram que uma vez que um novo comportamento é identificado, a redução ou a interrupção da medicação geralmente resolve o problema em poucos dias a um mês. 
25.março.2011

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