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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Neurônios imperfeitos / Experimento com células-tronco identifica mecanismo de perda e ganho de material genético
08/06/2011 - O neurocientista brasileiro Stevens Rehen deu mais um passo para desvendar as causas de um fenômeno celular intrigante que ele próprio identificou dez anos atrás e que contribui para tornar o cérebro de cada pessoa diferente do de todas as outras. Em um trabalho publicado em 7 de junho na revista PLoSone, Rehen descreve um dos possíveis mecanismos que levam as células cerebrais a ganhar ou perder cromossomos, os filamentos enovelados de DNA que abrigam os genes, e tornam o cérebro um mosaico de células com características genéticas distintas das herdadas dos pais. (...)

O resultado obtido agora pelo grupo de Rehen acrescenta um elemento de complexidade ao processo de diferenciação celular, com implicações positivas e negativas. A aneuploidia pode ajudar a explicar diferenças de comportamento entre irmãos gêmeos idênticos ou o surgimento de doenças do cérebro – há estudos mostrando que os neurônios de pessoas com mal de Alzheimer costumam apresentar uma cópia extra do cromossomo 21. Mas também complica o desenvolvimento de terapias com células-tronco para doenças neurodegenerativas, como o próprio Alzheimer ou Parkinson. A partir de agora, os pesquisadores terão de levar em consideração o risco de aumento de aneuplodia decorrente da transformação das células-tronco em neurônios. “Ainda não sabemos se os efeitos gerados pela aneuploidia são prejudiciais, benéficos ou neutros”, diz Rehen. “Precisamos aprender mais sobre a citogenética dessas células”. Fonte: Revista Pesquisa Fapesp.br.

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