Eu odeio voar. Não me levem a mal, eu não tenho nada contra pegar aviões, e viajar. Adoro levantar vôo e aterrissar e também gosto do tempo que fico dentro da aeronave.. Não é de decolar ou aterrissar que não gosto. Todas às vezes que eu passava pelos oficiais da imigração mesmo antes de ser diagnosticado com o Parkinson eu parecia ter um aspecto de “culpado”. Porém agora com os tremores as coisa só ficaram piores. Em muitos vôos, até os seus sapatos devem ser examinados quando você entra em outro país. Eu aprendi não usar sapatos que tivessem cadarços difíceis de amarrar porque eu levo uma eternidade para tira-los enquanto a fila de turistas cresce no aeroporto. Chegar nos EUA é o que há de pior, porque nos aeroportos os oficiais estão armados! Após sete horas de vôo para Washington eu permaneci tremendo enquanto tentava o um olhar indiferente no momento que os oficiais de imigração examinavam o meu passaporte e eu também. O oficial chamou o seu supervisor, houve muito suspiro antes de um deles olhar o meu braço “agitado”e disparar:
-“Você está usando drogas? A fila atrás de mim de repente se calou. Bem, a minha medicação certamente é uma droga, a resposta tecnicamente seria sim, eu creio. No momento que eu iria abrir a minha boca para responder , a auto-preservação falou mais alto.
-“Não senhor, eu disse (eles gostam de ser chamados de “senhor”). Eu tenho um problema de saúde..
- “Você tem algum documento para comprovar”, me perguntou.
-“Sim , respondi e lhe mostrei uma carteirinha que possuo (Parkinson’s Alert Card, isso na Inglaterra). Ele leu em voz alta e passou aos seus colegas. Eles me olhavam sem piscar o que me pareceu uma eternidade. O silêncio foi quebrado por um som alto assim que o oficial sorrindo, carimbou o meu passaporte me concedendo o visto de entrada no país.
- “Bem vindo aos EUA,
-Tenha um bom dia!
Fonte: www.parkinsons.org.uk
Tradução Renata Trugillo
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