Pintura, dança, fotografia ajudam a tratar os sintomas da doença e também servem de arma contra o preconceito
Fernanda Aranda, iG São Paulo
O remédio é o mesmo. Mas para auxiliar Ligia Nascimento, 30 anos, ele
vem em doses de poesia e fotografia. Já para Íris Martteucci Longarço,
74, o medicamento está nos pincéis, tintas e telas. As duas têm a doença
de Parkinson.
Saiba tudo sobre o Parkinson
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No Brasil, estima a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 200 mil pessoas convivem com este problema de saúde de origem ainda incerta, que atrofia os membros e causa imobilidade. Os tremores são os sintomas mais comuns, porém não os únicos. Enrijecimento muscular, movimentos curtos e espasmos estão na lista de sequelas do Parkinson.
A diversidade de consequências que marca a doença também está nas características dos portadores do Parkinson. Um dos exemplos é a faixa-etária, tão distinta entre Lígia e Íris. De fato, jovens, adultos e idosos podem adoecer e não há consenso entre os especialistas sobre quais são as formas eficientes de prevenção (não há relação com tabagismo, consumo de álcool e sedentarismo, os vilões cativos da maior parte das doenças crônicas).
Tudo isso acaba como entrave para o desenvolvimento, em laboratório, de terapêuticas eficazes. A cura ainda não faz parte das possibilidades apresentadas pelos neurologistas aos pacientes e familiares. Neste cenário, afirmam os médicos, a arte desponta como remédio universal e sem contraindicação.
“Nunca encontramos nada melhor para tratá-los”, afirma Samuel Grossman, presidente da Associação Brasil Parkinson. (...) segue
Íris é pintora, tem parkinson e ensina arte para outros
pacientes. Na foto, telas pintadas pelos alunos
Um comentário:
Duas grandes companheiras e associadas da ABP, valorosas guerreiras nos dando seu recado de garra e tenacidade. Parabéns para as duas, hoje vcs fizeram a diferença.
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