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terça-feira, 3 de julho de 2012

SOFRIMENTO A LIBERTAÇÃO DO ESPÍRITO


Quando o Mestre Jesus,
Através do madeiro infame,
Desencarnou na Cruz,
Exemplificou a verdadeira lição,
Da resignação e do perdão.

Seus ensinamentos,
Foram confirmados,
Através da,
Mansuetude de seus atos.

Pela resignação obedeceu,
As leis supremas de Deus.
Pelo perdão provou,
Que a ingratidão,
Não passa de mera ignorância,
Das leis da criação.

Na matéria seu sofrimento,
Foi prova de libertação,
De um breve estágio de crescimento,
No ciclo da evolução.

Muito embora, o Mestre Jesus,
Não precisasse a carne voltar,
Veio ensinar com o sofrimento,
Que a alma se liberta
e conquista entendimento.

Uma das grandes questões existenciais desde os primórdios da humanidade é o desejo do ser humano em compreender o porquê do sofrimento.
Pelo desconhecimento de suas causas, milhões de almas entram nas drogas, na degradação pessoal e se destroem pela revolta, pelo desespero, pelo medo.
Não podemos deixar de lembrar que a maior parte de nosso sofrimento está diretamente relacionado ao nosso comportamento.
Nossos atos nesta existência é o grande vilão.
E o maior de todos está relacionado ao egoísmo, orgulho, a vaidade.
Nós somos os grandes responsáveis pelas dificuldades que enfrentamos.
São os problemas de relacionamento, dificuldades financeiras, e a doença, que nos faz sofrer.
O sofrimento é um grande veículo de reflexão, é através dele que somos colocados a prova e nos é dado a oportunidade da auto descoberta.
O sofrimento permite o ser humano reavaliar valores e procedimentos.
As pessoas vivem atrás da alegria, da saúde, da paz, do sucesso, da realização financeira e social e mau dizem o sofrimento, as dificuldades, não valorizam nem aproveitam os benefícios que a dor proporciona. Não nos referimos apenas a dor física, mas a qualquer aflição.
O poder de transformação através da dor é o remédio que precisamos para nosso próprio crescimento, já que renegamos a escolha do aprendizado através do amor.
Quando está tudo bem em nossa vida, quando não passamos por dificuldades não há porque mudar, justamente porque nossas escolhas tendem as coisas materiais e nos esquecemos do comprometimento moral em relação ao próximo.
Os obstáculos, as relações difíceis, os reveses; são através deles que encontramos forças para fazer a reforma íntima.
Eles nos fortalecem e permitem que possamos entender o porque das coisas.
A busca da qualidade de vida.
A necessidade de prover o sustento.
O desejo de estudar para ter uma vida melhor é o que promove as grandes realizações.
No Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.V, item 18. Bem e Mal Sofrer, os espíritos nos lembram as palavras do Cristo: “Bem aventurados os aflitos, que deles é o reino dos céus” e tecem o seguinte comentário:
“Jesus Cristo não se referia àqueles que sofrem em geral, pois todos que se encontram nesse mundo sofrem, estejam sobre o trono ou a palha, mas  aos que sofrem bem.”
O sofrimento gera reflexão e o que determina se bem sofremos  é como reagimos.
Temos dificuldade em compreender os sublimes mecanismos reajustadores do sofrimento porque somos, por natureza, demasiadamente afeitos ao prazer e arredios à dor.
Quase nos é inconcebível assumirmos a convicção de que a dor está profundamente inserida no processo integral da vida.
Compreendê-la, aceitá-la - quando inevitável e irreversível - é a atitude mais acertada, pois revela verdadeiramente nosso real quinhão espiritual adquirido na senda evolutiva.
Por hábito, somos excessivamente condescendentes no juízo que fazemos sobre nós mesmos...
Mas é no instante supremo e inevitável da dor inesperada, seja ela moral ou física, que nos revelamos e expomos nossas fragilidades...
Considerando o fato de que a razão de nossa atual existência está diretamente relacionada ao esforço pré-estabelecido no Alto em resistir às próprias tendências negativas, períodos de sofrimento serão sempre uma constante - uma situação positiva que precisamos aprender a aceitar - porque o auto-aprimoramento implica dolorosa remodelação interna, ajuste em tudo o que ainda não é bom e puro dentro de nós.
Jesus, durante sua breve passagem pela Terra, sempre agiu e usou de inúmeras formas para demonstrar a grandiosidade da dor e do sofrimento com vistas à elevação. Do berço à cruz, seu exemplo foi uma contínua demonstração de coragem e aceitação ao inevitável. No momento extremo do Calvário não fez valer sua autoridade espiritual conquistada, nem lançou mão de seu exército de anjos - simplesmente, rendeu-se ao amor...
Hoje, em pleno século XXI, na era da informação e da tecnologia, o espiritismo, o Consolador prometido, na voz dos espíritos do Senhor, por sua vez, sussurra aos corações aflitos das criaturas:
—“Bem-aventurados os que entendem a justa causa oculta em todo sofrimento, e que dela fazem seu impulso determinante para a plena confirmação da Luz!”.


Até a próxima!

Grande e afetuoso abraço e um beijo em vossos corações.

Humberto - PK 13/38

Um comentário:

Unknown disse...

É preciso saber viver, mesmo na dor temos que tirar os ensinamentos das coisas boas, se Deus é toda bondade e um pai extremoso no amor nunca iria querer o nosso sofrimento, dai faço a seguinte colocação temos o livre arbítrio de seguirmos tanto pelos caminhos do bem maior como para os caminhos do sofrimento, não seria a doença um freio ou talvez um elemento de crescimento espiritual?
O Amigo Humberto nos deu mais uma oportunidade de reavaliarmos porque estamos aqui? E por onde pretendemos seguir...