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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

QUALIDADE DE VIDA - OUTRA VISÃO DO PARKINSON!

O sol do amanhã

... e por incrível que pareça novamente eu chorei.

Não é uma coisa muito difícil de acontecer visto que ultimamente (pra não dizer a verdade é desde criança) eu estou muito emotivo. Choro até por um comercial de margarina qualy e dessa vez me peguei chorando com o filme "Rocky Balboa 5", o úttimo filme lançado que conta a história dele nos anos atuais tendo de se superar.

Quem chora no filme de luta? Quem chora no filme de Rock Balboa?

- Eu chorei. E o problema é que era a terceira vez que eu estava chorando pelo mesmo filme.

Pode até parecer mentira, mas filmes que parecem simplorios passam no fundo uma lição de moral valiosa. Não são apenas os filmes de drama ou fatos reais que nos passam isso claramente. Até mesmo filmes como "jogos mortais" tem um fundo de moral importante (eu sei, eu sei, voce vai me falar que esse filme é horrível e muito violento. Eu também não gosto de filme violento mas não posso deixar de citar que existe um paradoxo em relação a "valorização de sua vida" bem clara).

Voltando ao final do filme do Rock Balboa (já nos dias atuais com uma certa idade) ele vai realizar sua última luta da carreira contra o atual e jovem invicto campeão mundial. Tendo aguentado os 11 rounds heroicamente ele inicia o último round e leva um golpe, caindo, quase inconsiente. E o que ele lembra?
- Do conselho que dera ao filho:

- "Não importa o quão forte voce pode bater mas sim o quanto voce consegue apanhar e ainda seguir em frente"

Nessa hora ele se levanta e termina o último round em pé. A decisão seria decidida na pontuação do Juizes.

Ele venceu?

Não importa. Terminado a luta ele saiu do ring ovacionado pelo público. Não era importante a pontuação, não era importante o julgamento de outros, não era importante o resultado. O prêmio pra ele foi conseguir seguir em frente, com muitas pancadas com muita dor, mas chegar até o fim e cumprir o seus objetivos.

Amigos, todos nós temos nossos momentos ruins. Nem tudo são flores no parkinson. As vezes quando estamos muito ansiosos, quando a medicação  não faz mais efeito e os sintomas aparecem nós ficamos introspectivos tentando entender por que aquilo está acontecendo conosco.

Não guarde isso pra voce. Faça alguma coisa que alivie sua dor.

Compartilhe.
Não estou dizendo para todos, não, mas para uma pessoa íntima que possa te ouvir como amigo mas sem ter pena de voce. Que faz ter os pés no chão e te mostrar que a vida continua.

Chore.
O máximo que voce puder. Não guarde para si. Não tente ser forte com voce mesmo. Use-o para extravasar sua dor, sua raiva, seu medo. Deixa rolar.

Ria.
Com a mesma proporção e intensidade. Aproveite as coisas engraçadas que acontece com um parkinsoniano e ria de si mesmo.

Grite.
O mais alto que voce puder e deixe a sensação de mágua sair.

Quando temos um problema, ou no nosso caso, quando temos um "dia ruim" podemos reagir de duas formas: Positivamente ou Negativamente.
Se voce reagir com negatividade o seu dia não vai melhorar. Então porque não ser positivo? Voce não estará perdendo nada, só ganhando. E compartilhar, rir, choras fazem parte desse positivismo.

Eu sei, sim, eu sei. É fácil falar mas quando não estamos bem não nos lembramos disso. Mas isso requer uma mente aberta e calma. Temos que saber conviver com isso.

Amigos, não se iludam. Vamos ter dias ruins. Isso (por enquanto) é inevitável. Mas o que é mais importante é que os dias bons vão superar os dias ruins. O sol vai voltar amanha.  E não importa o quanto apanhemos, nós não vamos cair. Vamos seguir em frente.
Transcrito do blog: http://parkinsonevida.blogspot.com.br e postado no nosso grupo do Facebook pelo amigos do grupo Parkinsonianos Belo Horizonte.

Um comentário:

Baldoino disse...

Amigos é muito bom estar aqui e vivenciar coisas lindas que saem do fundo do coração.
Aos amigos de Belo Horizonte o nosso mui obrigado, hoje vocês fizeram a diferença.