Aceitação
Geralmente confundimos aceitação com conformação.
Aceitar não é se conformar, não é gostar do que aconteceu, não é concordar com
o ocorrido.
Aceitar é combinar comigo mesmo não mais entrar nesta briga interna a respeito do acontecido e seguir dignamente a direção da minha vida. Não devo sentir culpa por não estar como eu gostaria que estivesse.
Sou portador de uma doença considerada grave. Não sei como, nem quando aconteceu. Só sei que ela existe e modificou a minha vida em quase todos os aspectos.
Um dos primeiros pensamentos, após diagnóstico: “Nunca mais serei o mesmo”. Sempre acompanhado da dor da perda, há um grande sofrimento neste pensar, que pode ser real, mas não significa que a felicidade se encerra aqui.
Embora seja inevitável e dolorosa a sensação de perda ao tomar conhecimento desta realidade, expectativas irreais apenas impedem o processo de aceitação. Acreditar que a vida deveria ser diferente, não envolvendo sofrimentos e perdas é utópico e só cria revolta.
Três passos me levam à aceitação:
1 - Admitir
2 - Acreditar
3 - Entregar
Admitindo haver algo em mim que eu não posso evitar ou mudar, estou gerando energias para não esconder o que todos estão percebendo. Esta admissão diminui a tentativa de negação. Bem mais pesado do que tentar esconder a realidade para outras pessoas é escondê-la de mim mesmo. É querer enganar-me, e isto é totalmente impossível. Além disso, estarei duplicando a dosagem de energia negativa existente, gerando sentimentos de insegurança, angustia e culpa, o que inevitavelmente, diminuirá a auto-estima, originando enfermidades emocionais, que agravarão os sintomas da doença já instalada.
Acreditar em um Poder Superior.
Minhas forças de aceitação vão até o limite da minha condição humana. A fé passa a ser o elo entre esse limite e os poderes ilimitados do Ser Superior a quem me dirijo através da fé. Crendo haver forças superiores conectadas diretamente às minhas necessidades espirituais, posso conseguir a superação, tão necessária para o retorno à serenidade.
Entregar a minha dificuldade, no caso a limitação imposta pelo Parkinson, a um Poder Superior, é me sentir livre para viver a paz. É me deliciar com o trinar de um pássaro. É sentir a coloração e o perfume de uma flor. É viver a felicidade de praticar o voluntariado. É ter uma palavra de esperança a quem esteja se sentindo enfraquecido pela adversidade.
É o momento de indagar: Agora que aconteceu, o que devo fazer? O que posso aprender com isto? O que posso fazer para Ser e Viver dignamente?
Posso descobrir uma força interior que não seria notada sem a experiência da perda. Vivenciar a vitória nos campos espiritual e emocional, resultando em um estado físico capaz de conviver com a limitação de modo mais saudável, alegre e feliz.
03/11/2013
Hamilton G
Aceitar é combinar comigo mesmo não mais entrar nesta briga interna a respeito do acontecido e seguir dignamente a direção da minha vida. Não devo sentir culpa por não estar como eu gostaria que estivesse.
Sou portador de uma doença considerada grave. Não sei como, nem quando aconteceu. Só sei que ela existe e modificou a minha vida em quase todos os aspectos.
Um dos primeiros pensamentos, após diagnóstico: “Nunca mais serei o mesmo”. Sempre acompanhado da dor da perda, há um grande sofrimento neste pensar, que pode ser real, mas não significa que a felicidade se encerra aqui.
Embora seja inevitável e dolorosa a sensação de perda ao tomar conhecimento desta realidade, expectativas irreais apenas impedem o processo de aceitação. Acreditar que a vida deveria ser diferente, não envolvendo sofrimentos e perdas é utópico e só cria revolta.
Três passos me levam à aceitação:
1 - Admitir
2 - Acreditar
3 - Entregar
Admitindo haver algo em mim que eu não posso evitar ou mudar, estou gerando energias para não esconder o que todos estão percebendo. Esta admissão diminui a tentativa de negação. Bem mais pesado do que tentar esconder a realidade para outras pessoas é escondê-la de mim mesmo. É querer enganar-me, e isto é totalmente impossível. Além disso, estarei duplicando a dosagem de energia negativa existente, gerando sentimentos de insegurança, angustia e culpa, o que inevitavelmente, diminuirá a auto-estima, originando enfermidades emocionais, que agravarão os sintomas da doença já instalada.
Acreditar em um Poder Superior.
Minhas forças de aceitação vão até o limite da minha condição humana. A fé passa a ser o elo entre esse limite e os poderes ilimitados do Ser Superior a quem me dirijo através da fé. Crendo haver forças superiores conectadas diretamente às minhas necessidades espirituais, posso conseguir a superação, tão necessária para o retorno à serenidade.
Entregar a minha dificuldade, no caso a limitação imposta pelo Parkinson, a um Poder Superior, é me sentir livre para viver a paz. É me deliciar com o trinar de um pássaro. É sentir a coloração e o perfume de uma flor. É viver a felicidade de praticar o voluntariado. É ter uma palavra de esperança a quem esteja se sentindo enfraquecido pela adversidade.
É o momento de indagar: Agora que aconteceu, o que devo fazer? O que posso aprender com isto? O que posso fazer para Ser e Viver dignamente?
Posso descobrir uma força interior que não seria notada sem a experiência da perda. Vivenciar a vitória nos campos espiritual e emocional, resultando em um estado físico capaz de conviver com a limitação de modo mais saudável, alegre e feliz.
03/11/2013
Hamilton G
Um comentário:
É hoje voltei a essa pagina, porque ao passar pelas redes sociais vejo os depoimentos dos amigos Hamilton e Roberto Coelho, fui buscar? Não sei se esse seria o termo mais adequado, ou se fui guiado? Mas ta aqui os depoimentos que me obrigam a fazer uma reflexão de como as coisas acontecem, por isso e por tudo estarei sempre aqui a postos levando aos amigos os verdadeiros recados do bem viver.
Aos amigos que estão indo ao encontro do VII Congresso de Parkinson em Contagem-MG o meu abraço fraterno, dessa vez não foi possível estar com vcs, mas em espírito ou com a ajuda dos amigos estarei ai vivenciando tudo, que esse encontro nos traga boas noticias e muita esperanças para dias melhores.
Aos amigos Hamilton e Roberto o nosso mui obrigado, hoje vcs fizeram a diferença.
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