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terça-feira, 11 de maio de 2010

Estudo diz que tratar depressão por telefone pode ser tão eficiente quanto no consultório

42% dos pacientes tratados à distância se recuperaram, enquanto 50% pelo consultório

Camila Neumam e Diego Junqueira, do R7

Marco Di Lauro/ 07.06.2004/Getty Images
Foto por Marco Di Lauro/ 07.06.2004/Getty Images

Os pacientes receberam o mesmo tratamento por
telefone, com ligações que duraram entre 21 e 52 minutos

Um estudo conduzido pela Universidade Brigham Young (BYU), nos Estados Unidos, mostrou que tratar a depressão por telefone é quase tão eficiente quanto o tratamento presencial. O estudo será publicado na edição de junho da revista Behavior Therapy. O resultado do estudo divide os médicos consultados pelo R7. O CFM (Conselho Federal de Medicina) não reconhece a prática.

Você faria uma consulta por telefone?

Os pesquisadores analisaram o tratamento de 30 pessoas, todas diagnosticadas com depressão profunda. Em vez de realizarem oito visitas às clínicas, os pacientes receberam o mesmo tratamento por telefone, com ligações que duraram entre 21 e 52 minutos. Nenhum deles foi medicado com antidepressivos.

Em seis meses de tratamento, 42% dos pacientes tinham se recuperado da depressão. Como comparação, a terapia presencial tem uma taxa de 50% de recuperação, segundo os pesquisadores. Contudo, a terapia por telefone foi rejeitada por um terço dos participantes, que preferiram o tratamento na sala do psiquiatra.

De acordo com a professora de Psicologia da BYU, Diane Spangler, uma das autoras do estudo, o tratamento por telefone é mais amigável, tem mais flexibilidade de tempo e de lugar e não apresenta efeitos colaterais.

- Oferecer um telefone ou uma webcam para o terapeuta é justificado do ponto de vista da eficácia.

Médico tem de ver o paciente

Não é o que pensa o psiquiatra Táki Cordás, do Departamento de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), que diz não acreditar ser possível recuperar pacientes com depressão profunda por telefone e acha que o método é antiético.

- Precisamos saber qual tipo de depressão estamos falando. Os melhores modelos de tratamento atuais não prescindem do tratamento farmacológico. Tratar a depressão sem o tratamento farmacológico é antiético.

Ainda segundo Cordás, a discussão atual está em um outro momento, focada em como o tratamento presencial, associado à medicação, pode ter uma resposta mais rápida. (...) segue

Fonte : K7 Noticias Saúde

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