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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tratamento paliativo: atenção à vida, à beira da morte

Por Branca Nunes


O cuidado paliativo deve ser oferecido a todos os
portadores de doenças potencialmente mortais

Quando não há mais nada a fazer, ainda há muito a ser feito. Foi o que descobriu a aposentada Anna Castilho quando seu marido, Joviniano Castilho, sofreu um acidente vascular cerebral, em 2006, e entrou em coma.

Depois de dois meses de tratamento, Anna ouviu um prognóstico desanimador: não havia esperança para o homem com quem estava casada havia seis décadas. Ao fim de uma peregrinação por quase 20 endereços, ela encontrou o Premier Residence Hospital, em São Paulo, que abriga 61 dos pouco mais de 300 leitos especializados em cuidados paliativos do Brasil. Ali descobriu o quanto ainda poderia ser feito. "Em latim, pallium significa manto", explica a voz suave de Anna. "Imagine uma mãe envolvendo uma criança: o palio é esse manto, a proteção. Isso é o tratamento paliativo".

Assista ao depoimento em vídeo de Anna.

O desconhecimento que afligia Anna acerca desse tipo de cuidado é o mesmo que afeta boa parte da população e também a classe médica. "Na faculdade de medicina não se fala nem na morte, quanto mais em tratamento paliativo", observa a oncologista Dalva Matsumoto, especialista na técnica. "Com a evolução da medicina e da tecnologia, a morte passou a ser vista como um fracasso pessoal do médico e não como um capítulo natural da vida." É por isso que, diante de pacientes terminais, muitos médicos avisam que não há nada a fazer. Os paliativistas pensam o contrário. Uma de suas preocupações é garantir a qualidade de vida a quem está na iminência da morte. Assista ao vídeo com profissionais que adotam práticas paliativas. (...) segue

Fonte : veja.com - saúde/noticia

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