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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Brincar com o filho protege a criança de transtornos mentais

Atividades como leitura ou ajuda na tarefa da escola promovem melhora psicológica


Crianças que interagem com adultos ficam mais protegidas contra transtornos de personalidade. Pesquisadores americanos mostraram que ler com a criança, ajudá-la nas tarefas da escola, ensiná-la sobre habilidades de organização e praticar um hobby ou outra atividade complexa contribuem para promover melhor saúde psicológica na idade adulta.

Segundo Mark Lenzenweger, professor de neurociência e psicologia cognitiva da Universidade de Binghamton (Estados Unidos), aprender durante a infância com um adulto de confiança protege contra futuros distúrbios.

As fortes conexões com outras pessoas e as habilidades sociais que as crianças aprendem com essas atividades ajudam no desenvolvimento psicológico delas. Com isso, elas desenvolvem suas conexões com o mundo. Sem essa interação, o modo como elas vão se conectar com outros humanos pode ficar severamente prejudicado.

Para Lenzenweger, a descoberta é importante porque reforça a necessidade de envolver as crianças em atividades durante seus anos de formação. Atualmente, cada vez mais as crianças gastam esse tempo na frente de TV, videogames ou computador.

Por meio de um processo de interação rico e complexo, o contato com um adulto importante [como os pais] ajuda a criança a vivenciar uma experiência mais rica, diferenciada e psicologicamente completa.

Essas relações promovem a vontade de se envolver com outras pessoas, que é a experiência fundamental da psicologia humana, diz o pesquisador. Esse tipo de atividades, segundo ele, pode prevenir doenças como o mal de Parkinson. É comum que pacientes com a doença não sintam vontade de interação social.

Um trauma da infância é um importante fator de risco do mal de Parkinson. Nenhuma pesquisa tinha conseguido, até agora, demonstrar como proteger contra essa doença.

Apesar desses resultados, os pesquisadores ainda não sabem definir qual a influência genética nas respostas comportamentais e psicológicas às situações de estresse. Nem sabem ainda se as interações sociais na infância poderiam influenciar nesse processo.

Mesmo quando consideramos crianças com comportamento temperamental como raiva, medo e aflição, que indicam dificuldades de conexão com outras pessoas, nós ainda encontramos casos em que um relacionamento profundo com um adulto importante também teve um forte impacto no desenvolvimento.

Fonte: R7 Notícias

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