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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

DOENÇAS OCULARES VIII [Olho seco]

Olho seco é um termo usado para descrever um grupo de diferentes doenças e condições que resultam da umidade e lubrificação inadequadas do olho; e é uma condição anormal da superfície do olho que se manifesta quando as pessoas produzem pouca lágrima ou a mesma é deficiente em alguns de seus componentes. Pouca quantidade, má qualidade.

Quando um desses fatores ou ambos se apresentam, podem produzir-se zonas secas sobre a conjuntiva e fundamentalmente sobre a córnea o que facilita a aparição de lesões.
Apesar de milhões de pessoas sofrerem de olho seco, normalmente é difícil de ser diagnosticado. Pode ser facilmente confundido com outras condições, tais como infecções ou alergias oculares.

Além disso, o excesso de lágrimas causadas por choro, tempo frio, entre outros fatores, também pode causar os sintomas de olho seco.

Onde as lágrimas são produzidas e quais funções cumprem?

Lágrimas são muito mais complicadas do que parecem.

As lágrimas são o mecanismo natural do organismo para proteger a superfície ocular contra infeccões e contra os efeitos corrosivos da sujeira, poeira e outras partículas aéreas. Elas ajudam a criar uma superfície corneana regular, de forma que a visão permaneça clara e sem distorções, proporcionando uma sensação de conforto nos olhos. As lágrimas fornecem uma superfície úmida e lubrificada, que se mantém por sobre o epitélio corneano (superfície do olho).

Há três camadas de filme lacrimal. A camada mais externa, ou lipídica, previne a evaporação. A camada do meio chamada de aquosa, é responsavél pela nutricação da córnea e a camada de mucina que umifica o epitélio corneano.

As lágrimas estão constantemente sendo reabastecidas. Portanto, uma produção adequada de lágrimas é importante para a manutenção da saúde, do conforto e da capacidade de controle de infecções no olho. Quando o olho não produz lágrimas suficientes para realizar estas funções, podem ser necessárias lágrimas artificiais ou oclusão (vedação dos canais lacrimais).

As lágrimas são produzidas nas glândulas lacrimais alojadas nas pálpebras e na órbita óssea. Estas glândulas, respondendo ao sistema nervoso involuntário, segregam dois tipos de lágrima:

As lágrimas basais ou constantes, que servem para alimentar a córnea, prover lubrificação, facilitar a visão e defender o olho de infecções ou corpos estranhos.

As lágrimas reflexas, que são produzidas ante um estímulo (irritação, emoção, etc) e que servem principalmente para enxaguar os olhos. Uma vez liberadas, as lágrimas são espalhadas por toda a superfície externa do olho em cada pálpebra, e posteriormente são drenadas até o nariz por meio dos condutos lacrimais.

Como se manifesta o olho seco?

O olho seco se manifesta através de uma variada gama de sintomas que incluem: sensação arenosa e/ou de um corpo estranho, ardor, queimação, aspereza, sensibilidade a luz, visão de halos coloridos, olhos lacrimejantes e ardor leve.

O que causa o olho seco?

Há várias anormalidades diferentes que podem causar o olho seco, tais como diminuição da produção de lágrimas, evaporação excessiva, problemas com o piscar, etc. Muitos fatores influenciam para a causa do olho seco, o ambiente: o clima seco, com vento e ensolarado, a poluição ou a contaminação ambiental, lugares fechados, a calefação, o ar condicionado e os monitores de computador podem aumentar a evaporação e causar olho seco. As lentes de contato: o uso de lente de contato pode (por vários mecanismos) agravar ou provocar o olho seco.

Os medicamentos: certos medicamentos podem diminuir a capacidade do organismo de produzir lágrimas. Entre eles estão os descongestionantes e antihistamínicos, os tranqüilizantes, antidepressivos e pílulas para dormir, os diuréticos, pílulas anticongenstivas, alguns anestésicos, medicamentos para o tratamento da hipertensão arterial (betabloquadores) e para transtornos digestivos: anticolinérgicos.

As doenças sistêmicas: é freqüente a associação do olho seco com algumas doenças sistêmicas tais como a artrite, o lupus, a sarcoidiose, a síndrome de Sjorgren, as alergias e as doenças de pele.

Idade: Como regra geral, com a idade, a produção de lágrimas diminui. Aos 65 anos, por exemplo, se produz 60% menos lágrimas que aos 18 anos.
Doenças sistêmicas: O olho seco frequentemente é associado com outras doenças como artrite, alergia, lupus, Síndrome de Sjogren e algumas doenças da pele.
Meio-ambiente: Condições ambientais, tais como: ar seco, fumaça e vento podem agravar as condições de olho seco.

Medicação: Algumas medicações, como anti-histamínicos, anti-depressivos, anti-hipertensivos, podem contribuir para a causa do olho seco.

Como diagnosticar?

O oftalmologista é o encarregado de fazer o diagnóstico do olho seco, baseando-se no exame completo do paciente e em testes específicos realizados no consultório. Em certos casos, deve-se recorrer a ajuda do laboratório de análises clínicas, que vão estudar as principais características das lágrimas, e até mesmo solicitar consultas com outros profissionais (clínicos, reumatologistas, dermatologistas, etc).

Como tratar?

Para o tratamento do olho seco são usadas gotas lubrificantes. Para alguns pacientes são indicados antiinflamatórios, antibióticos, medicamentos sistêmicos e em certas ocasiões deve-se recorrer a outros métodos terapêuticos, como a obturação dos condutos de evacuação das lágrimas e o uso de lentes protetoras.

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1. Sensação de queimação
2. Sensação de ardência
3. Coceira ou sensação de corpo estranho e areia nos olhos
4. Ressecamento
5. Sensibilidade a luz brilhante (fotofobia)
6. Secreções de muco nos olhos (purulência)

Se você respondeu SIM para um ou mais dos sintomas acima, você pode ter olho seco. É importante conversar com seu oftalmologista sobre opções para tratamento do olho seco.

Fonte: Portal São Franncisco

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