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terça-feira, 31 de maio de 2011

O lado mais triste da solidão

Quando ela deixa de ser uma escolha, é a saúde que sai prejudicada. Um estudo americano revela os efeitos do isolamento nos genes e comprova seus riscos ao corpo

por MARIANA AGUNZI • design LAURA SALABERRY • ilustração ANNA CUNHA

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Quem pensa que a falta de vínculos sociais e afetivos é um drama com repercussões restritas às emoções se engana. A ciência alerta, agora, que a solidão pode até mesmo nos provocar doenças — e não apenas psíquicas. Uma leva de pesquisas recentes mostra que os avessos à família e aos amigos têm tanta tendência a ficar enfermos quanto os fumantes ou sedentários convictos. Há indícios também de que os solitários estariam na linha de frente dos problemas de fundo inflamatório, caso de artrites e doenças cardiovasculares.

Segundo um estudo recém-concluído na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pessoas que se queixam de uma vida reclusa possuem genes menos ativos na proteção contra vírus. "Os sociáveis estão naturalmente mais propensos a contrair viroses porque estão em maior contato com outros indivíduos", raciocina o psicólogo Steve Cole, que liderou o trabalho.

Já a turma que vive afastada do mundo, menos exposta a esse tipo de micróbio, acaba apresentando um sistema imune que não tem tanta necessidade de enfrentá-lo. Em tudo na vida, porém, há uma compensação. Nessa gente, as defesas passam a se concentrar nas bactérias, o que gera uma reação inflamatória recorrente — e nem sempre bem-vinda, já que inflamação demais abre alas a descompassos em diversas áreas do corpo (...) segue

Fonte : Revista Saúde

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