Não
foi por culpa dos organizadores que se empenharam em oferecer o melhor,
estou falando da estrutura e modelo que criamos e tem sido a marca dos
nossos congressos.
Sabemos
que a doença de Parkinson não mata, mas maltrata, o Parkinsoniano é
estressado pelo sofrimento que arrasta com a sua doença.
Um
congresso de portadores de Parkinson deve ser “light”, senão vira um
congesso rígido e cansativo. Deve ser uma oportunidade para rever os
amigos, fazer novas amizades e trocar experiências. Não é um vestibular
para medicina, com palestras instrutivas bem ministradas, porém
cansativas. Nem tempo temos para apresentar nosso trabalho, saber quem é
quem, aprender com as experiências dos participantes. O Parkinsoniano
precisa de atenção e carinho conversar sobre suas dores, dançar, cantar,
ter um momento para usar como for melhor para si, e olhando olhos nos
olhos transmitir confiança e esperança em dias melhores ou deixar
transparecer o seu sofrimento conhecendo no mínimo o nome do colega
participante.
E
o cuidador não poderia ser esquecido, são abnegadas criaturas que têm a
missão de um anjo da guarda, poderiam se unir e aproveitando formar o
seu grupo? Pois muitas vezes sofre mais que o portador.
Prego
um congresso como sendo uma grande festa em amplos salões ornando com
flores brancas e perfumadas, castiçais com velas vermelhas e uma afinada
orquestra executando uma sinfonia dos deuses que ecoa pelos céus com
todos leves e soltos dançando uma linda valsa, que toca em nossos
corações.
Abraço a todos.
Jorge Magno Lima – Presidente da APPP
Fonte : Blog da APPP
Um comentário:
Ele sabe o que fala e como fala, parabéns Magno pelo blog da APPP, a festa do arraia bom-bou, na proxima pretendo estar ai para matarmos as saudades dos amigos de Curitiba.
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