Habitualmente relacionamos o sofrimento à dor. Quanto maior a dor, maior o sofrimento. A dor pode ser física, como a de uma fratura óssea ou moral, como a de uma separação conjugal não-desejada. Todavia, podemos perceber que a relação entre dor e sofrimento não é fixa em termos de proporções.
É fácil observar situações em que o sofrimento é muito maior que o esperado para a gravidade da dor. Muitas vezes as crianças manifestam grande sofrimento diante de pequenas contrariedades ou, inversamente, pouquíssima preocupação diante de coisas que adultos consideram insuportáveis. Outras vezes, ouvimos falar de pessoas que passaram por grandes provações, como um tratamento de câncer e que não se abalaram tanto quanto seria esperado. Diríamos que tiveram menos sofrimento em relação ao tamanho da dor real que experimentaram.
O sofrimento, portanto, é uma experiência subjetiva diante da dor ou de sua possibilidade. Claro que essa é uma definição simplista, com um caráter operacional. A partir dela, todavia, podemos encontrar a felicidade como um oposto, uma imagem especular do sofrimento. A felicidade também é caracterizada como uma experiência subjetiva, só que de bem-estar físico, psicológico e social.
Fonte : Dor e Sofrimento - companheiros inseparáveis?
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