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sábado, 27 de junho de 2009

A história de uma pesquisa salva



Isso aconteceu no último fim de semana. E a pesquisa só foi salva graças ao apoio do diretor da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, professor José Antonio Visintin, que entendeu o meu desespero ao tomar conhecimento que a nossa pesquisa corria o risco de ser interrompida, com prejuízos irreparáveis. Tínhamos que injetar células-tronco em cães que têm distrofia muscular e não tínhamos acesso a eles.

Que pesquisa é essa?

Trabalho há muitos anos com doenças neuromusculares. Essas doenças atingem uma em cada 1000 pessoas, ou seja, cerca de 200.000 brasileiros. Dentre elas, uma das mais graves é a chamada distrofia muscular de Duchenne (DMD) que só atinge meninos. Eles têm uma mutação em um gene e não produzem uma proteína que é essencial para o músculo: a distrofina. Sem a distrofina, o músculo vai degenerando, o que provoca fraqueza progressiva. Ao redor dos 10 anos eles perdem a capacidade para andar e a doença continua avançando. O nosso grupo, no centro de estudos do genoma humano tem pesquisado o potencial de células-tronco de diferentes origens (cordão umbilical, tecido adiposo, polpa dentária entre outros) para formar músculos. Se conseguirmos, teremos um tratamento para essas doenças, um sonho que persigo há décadas.

Fonte : Veja.com - Genética Mayana Zatz

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